sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

AMÉLIA ERA QUE ERA A MULHER DA VERDADE

Era duro agüentar a turma daquela redação. Só tinha gozador e gente metida a intelectual. Poucos ali sabiam escrever, mas todos tinham seu público cativo. E ele como o responsável da seção de turfe, era o que mais apanhava. Pois, seu público era ínfimo.

Não fora assim 20 anos antes, quando ele tinha uma página inteira a seu dispor e a granfinagem se engalfinhava para ter seu nome, ou a sua fotografia, estampada na primeira semana de Agosto, quando então era disputado o Grande Prêmio Brasil - onde até presidente da república comparecia. Os ricos lhe agraciavam com caixas de vinho francês, gravatas importadas à Itália e outros presentes. Só para ter certeza que seu nome e a foto da mulher estariam publicados na manhã de segunda-feira. Mas o turfe decresceu, o futebol tomou conta e houveram outros esportes que igualmente ganharam projeção.

Imaginem alguém na década de 60 gastando meia página com vôlei e outras duas meia páginas com fórmula 1 e tênis. Quem fizesse isto teria que fechar o jornal. Hoje quem fizer ao contrário o fecha mais rápido ainda. Modernidade, como diziam os jovens chefes de seção, quase todos pálidos, cabeludinhos, de barba, sandálias de dedo, com calcanhares encardidos e saídos no ano anterior de suas respectivas universidades. Prontinho para revolucionar a humanidade...

Mas a verdade nua e crua, é que ninguém mais se interessa pelos cavalos e muito menos por seus jóqueis. Foi-se o tempo do violinista Rigoni. De Pancho Irigoyen, de Oswaldo Ulloa, todos importados a peso de ouro de países vizinhos para defender as sedas dos Peixoto de Castro, dos Paula Machados, dos Seabras... Hoje nem mais de seda as fardas são feitas... Materiais sintéticos... Potrancas com crinas de anjinhos barrocos encharcadas em perfume francês... era um tempo que não volta jamais. Para se ter uma idéia, hoje, tinhamos o recordista mundial de carreiras ganhas neste planeta, que se chama Jorge Ricardo, filho de outro grande jóquei chamado Antônio Ricardo, e que teve que ir para a Argentina fazer grana, pois, aqui no Brasil os prêmios inviabilizavam que ele viesse a ganhar mais do que o beque central do Madureira. No mundo inteiro estaria milionário.

Hoje, restava-lhe no jornal pouco mais que o espaço de um anúncio barato. E quando pintava o anúncio, nem espaço lhe sobrava. Mas ele mantinha a mesma qualidade de texto, embora muitas vezes o espaço a ele reservado, mal dava para imprimir o programa do hipódromo da Gávea. E evidentemente todos aqueles ricos que o pajeavam, desapareceram, assim como as caixas de vinhos, as gravatas importadas, os tapinhas nas costas e tudo mais, que um dia teve direito.

Mas gostava de escrever e lançara um livro por conta própria, que nada tinha com assunto de turfe.

Produção independente, como rotulavam os moderninhos da redação. Quebrara a cara. Ninguém o comprou. Afinal o pequeno público que tinha, só queria dele ler sobre cavalos e corridas. Que lhe interessavam um romance passado no Cairo? Lá, haviam camelos, não cavalos e as pirâmides na realidade estavam off-broadway. Ai veio aquele amigo que sempre o incentivara e disse. Você tem talento, a forma que escreve é boa. Existe humor em seu texto, sua formatação é agradável e a maneira como você expõe esta ficção histórica, agrada. O que você tem que achar é o seu público.

- O grande público lê Jorge Amado pelos palavrões e Paulo Coelho pelo nonsense. Ah, ia me esquecendo, o Jô Soares porque ele tem um programa de televisão. Todos os três eram a seu ver, ótimos escritores, mas possuíam atrativos maiores para cativar público. Pelas barbas do profeta! Onde vou achar eu público, Malaquias?

O amigo deu ombros. Não sabia como aconselhá-lo, mas pelo menos demonstrava boa vontade.

Todo mundo daquela redação torcera contra. Onde já se viu um cara que escreve sobre um esporte que somente meia-dúzia acompanham, ter a petulância de lançar um livro de ficção histórica? Que ele pensava da vida? Nenhum de seus colegas de trabalho, alguns de 30 anos de convivência, sequer compareceram a noite de autógrafos em uma livraria da Tijuca. As desculpas foram as mais esfarrapadas. Da morte da avó a uma súbita dor de dente. E ele que tivera a pachorra de separar um grupo de livros, que não seriam cobrados, para aqueles que se dignassem a comparecer. A pilha se manteve intacta. Paciência. Todavia, isto não era o pior. Como o livro pouco apareceu em outros jornais e nenhum programa de televisão se deu ao trabalho de divulgá-lo, as vendas foram ridículas.

Ridículas não, vexantes. Pois, para serem ridículas, você tem que no mínimo vender 10% da edição.  E o livro vendera 32 volumes na noite de lançamento e dali para frente mais doze. Ai, ter que agüentar os comentário dos companheiros de jornal, foi ainda pior.

Paulinho Sued das sociais, só o chamava de meu doce Paulo Coelho. E depois disto lhe beijava a careca. A Nilzinha Braga, da área das artes e poesia, perguntava toda semana como iam as vendas do bestseller. Ela que reconhecidamente dava para um dos donos dos jornais e nunca conseguira entender a diferença entre Monet e Manet. Até o pobre coitado do Josival (que nem sobrenome ninguém dali sabia) da coluna dos óbitos, o sacaneava: quando vamos ter o segundo? Era revoltante. Mas ele agüentava o pau quieto, qual um coelho amestrado. Um dia quem sabe, alguém o leria e o transformaria em um filme com Hugh Grant e Julia Roberts como ele sonhara. Mas eles fizeram o Notting Hill e seu Aconteceu no Cairo, continuava mofando nas prateleiras das poucas livrarias que se dignaram a aceitá-lo por consignação. Um desastre. E pior: uma humilhação.

Pelo menos criticas não houveram, pois, nenhum dos críticos - 72 ao todo - espalhados pelas principais capitais brasileiras sequer o leu. Mas o desgosto maior foi duas semanas depois do lançamento, ver todo o seu trabalho de pesquisa e de longas horas não dormidas ser oferecido na Amazon, novo por 5 reais, quando o preço nas livrarias era de 29... Deviam ser aqueles que receberam de graça os volumes promocionais para a divulgação, mas que preferiam receber 5 reais a ter o trabalho de o abrir e o guardar em uma estante. Poucos seriam aqueles que colocariam uma obra de Oracy Coelho (dai a brincadeira do Paulinho Sued, que escrevia pior do que o Ibrahim) junto dos volumes de Ibsen, Jorge Amado, Virginia Wolf e William Faulkner.

Mais eles que esperassem. Sempre haveria um dia melhor do que o outro... O que era seu, o seria por direito. E gato nenhum o iria comer. Apoio tivera apenas de sua mulher. Amélia, jazia em uma cama em processo terminal de câncer. Foi dela que veio aquela idéia maluca. Lembrava-se quando ela a teve, quando o viu chorar pelo insucesso da empreitada.

- Oracy. Escreve outro, com muito palavrão, excesso de promiscuidade, sexo e principalmente com o vilão se dando bem no final. Isto é que o povo quer. Assina o livro em meu nome, pois estou no final. Tenho certeza que escritor brasileiro vende bem, só depois de morto.

- Mas Amélia, isto não seria honesto...

- Hoje no Brasil honestidade não enche a barriga de ninguém. E da mesma forma que você afirma que não é honesto, afirmo que não é desonesto. É apenas dúbio. E dúbio cola! Sempre colou. Veja o Lula. Se faz do povo, mas ele e o filho estão milionários com passaportes italianos.

- Mulher nunca afirme aquilo que não pode provar...

- Oracy, o filho do Lula era fiscal de zoológico e hoje é dono de canal de televisão, de empresa de celular e sei lá de mais o que. Acorda Oracy. O pais das oportunidades não é o Brasil. É os Estados Unidos. Aqui arruma quem estiver no poder. Saem os leopardos e entram os chacais. Você se lembra daquele filme italiano com o Burt Lancaster?

- Lembro, mas não acredito que possa dar certo...

- Faça-o por mim. É meu último pedido

Os olhos de ambos encheram-se de lágrimas. Último era uma palavra que lhe doía ao peito. Virou-se para que sua mulher não o visse chorar. Sabia que não iria lhe furtar aquele pedido.

Oracy pegou firme na labuta. Pesquisou nas páginas policiais da biblioteca do jornal, pediu ajuda ao Clemente, o responsável pela seção e montou a boneca da ação. Tendo em mente a promessa que fizera a sua mulher, que a cada dia definhava mais. Meteu palavrão, sacanagem, promiscuidade, incesto e no final de tudo a vitória do mal contra o bem. O bandido levou a melhor e fugiu para o Paraguai.

Apavorou-se com o resultado final, mas mesmo assim o leu para a Amélia que fez questão de colocar mais algumas coisas que o arrepiaram. Ao final o veredicto de sua amada:

- Ficou mais pesado que Rubem Fonseca. Vai ser sucesso na certa.

O passo seguinte foi procurar outra editora, pois, na que editara seu primeiro livro, ninguém parecia estar desocupado quando ele ligava. Tomou coragem e deixou o trabalho assinado por Amélia Coelho, numa grande.

- Minha mulher está muito doente e não pode vir aqui entregar sua obra.

Os olhos da matusquela, brilharam. Talvez sua mulher tivesse razão. Escritor em estado terminal era quente. Quatro meses depois, pelo correio veio a resposta. Eles editariam o livro e precisavam de um currículo da escritora. Amélia já não mais ouvia e pouco se comunicava nos parcos momentos de lucidez. Era mantida em morfina e pela presença de Oracy sempre na cabeceira de seu leito hospitalar. Mal conseguiu assinar o contrato, cedeu a doença.

Oracy se desligou do jornal. Não sentia a mínima vontade de sequer viver. E nem se preocupou em seguir de perto o andamento do livro, até que um dia alguém da editora lhe telefonou e perguntou quando e como gostariam de fazer a noite de autógrafos. Oracy só então deu a noticia que sua esposa já estava morta a dois meses. O lançamento foi um sucesso. Em Ipanema, com um retrato de Amélia ao fundo e uma mídia nunca antes vista. Colunáveis aos borbotões. Políticos alguns e principalmente a turba ipanemense e do Leblon. Saia gente pelo ladrão. 316 livros na noite de estréia e esgotamento da primeira edição em apenas seis semanas. O sadismo do livro fizera sucesso. As criticas eram altamente favoráveis. Não havia ninguém que não o quisesse adquirir. Um critico taxou Amélia de a François Sagan carioca. Não quiseram colocar do Grajaú, porque nada do Grajaú colava. E a coisa seguiu de vento em popa.

Quando Oracy foi chamado para assinar o novo contrato na editora para a edição de número seis, dois anos e meio depois, pode, finalmente, ter pela primeira vez um melhor contato com aquele que era responsável por Amélia dentro da editora. Uma espécie de agente. Seu nome era Carlos. Ou melhor José Carlos Felinto de Andrade. Rapaz novo, bem afeiçoado, vindo de boa família e com formação em administração e marketing.

Conversa vai, conversa vem em uma determinada hora, Carlos – como gostava de ser chamado, pois lhe detestava o José – achou que era hora de entrar naquele assunto que vinha esperando a muito.

- Senhor Oracy. Há muito tenho pensado em conversar com o senhor sobre uma idéia que me veio à cabeça. O senhor teria um tempinho?

- Sou todo ouvidos meu filho, pois, tempo é o que não me falta.

- Vou tentar explicar de uma forma que o senhor não se ofenda...

- Por favor, direto ao assunto. Esta é a forma que nunca irá me ofender.

- Assim me sinto melhor. Tomei conhecimento que o senhor escreve...- Quem escreveria se tivesse algo melhor para fazer?- Esta frase é sua?

- Infelizmente não. É de Byron. Li recentemente em um livro de Rubem Fonseca e entendi perfeitamente o conteúdo.

Carlos cada vez mais se afeiçoa a aquele homem. Exalava integridade pelos poros, tinha extrema facilidade de expor seu ponto de vista e o mais importante de tudo: deixava a todos a sua volta a vontade. Principalmente ele.

- Como você descobriu isto, se não foi colocado no currículo de Amélia? Por acaso é amante dos cavalinhos de corrida?

- Fui duas vezes ao Jockey Club. Mas não foi por ai que descobri esta sua qualidade. Tomei conhecimento que o senhor, anos atrás, publicou um livro chamado Aconteceu no Cairo. E este livro na realidade vendeu pouco.

- 42 exemplares ao todo. Onde você quer chegar?

- Eu li o seu livro. Sou um dos 42.

Oracy procurou controlar sua expressão facial. Mas era difícil à frente de alguém que se dignara a abrir seu livro e o lera. Pigarreou.

- Você é a terceira pessoa que conheço que o fez.

- Posso lhe dizer uma coisa extremamente pessoal e honesta?

- Gostaria que não fosse de outra forma.

- O livro é ótimo. Ri em seu inicio, chorei ao seu final e não consegui parar um segundo sequer de lê-lo. O fiz em uma noite. E custa-me crer que tenha vendido tão pouco. Dois a meu ver, devem ter sido as razões: falta de marketing e outra falta, está na narrativa. Como vou me expressar...?

- Faltou sexo, promiscuidade, palavrões, incestos, enfim toda e qualquer sacanagem que fizeram do Os Ardentes Desejos de Isaura, um sucesso.

- 72,318 livros vendidos em menos de três anos. Poucos são os autores que conseguem vender este volume...

- E apenas dois Coelhos o fizeram.

Carlos soltou a gargalhada. Agora tinha certeza. Fora ele que escrevera Isaura. A mesma picardia, o mesmo toque refinado em abordar as questões. Seu primeiro livro não merecia ter vendido tão pouco.

Como odiava aquele mercado prostituído e manipulado por uma meia dúzia de pessoas que só pensavam em promover aos já promovidos ou reeditar os já mortos e consagrados. Olhou o velho bem no fundo de seus olhos. Não queria de forma alguma que ele se sentisse humilhado ou usado. Não era este o seu intuito. Tinha que vender a mutreta, mas de forma honesta. Ou melhor, semi-honesta.

- Senhor Oracy, reeditar o Aconteceu no Cairo seria impossível e não creio que um terceiro Coelho pudesse chegar ao sucesso. Dois coelhos já são enough. Ou melhor...

- Não se preocupe, entendo inglês, e mais do que isto, sei exatamente onde você quer chegar...

- Melhor assim. Com todo respeito a dona Amélia, eu não tenho dúvidas que foi o senhor que escreveu o Isaura...

-Antes que você continue quero esclarecer uma coisa. É muito importante e não creia que eu esteja a usando como justificativa para o ato pouco honesto que cometi, ao usar como pseudônimo, o nome da coisa mais importante que aconteceu em minha vida: minha mulher. Creia-me, Amélia era uma mulher suave e que nunca em sua existência foi capaz de proferir um palavrão sequer. Seria incapaz de gerar tanta obscenidade quanto a posta no livro. Mas a idéia foi dela, quando me viu alquebrado com as péssimas vendas do Aconteceu no Cairo. Ela fez a proposta. Eu recusei a principio. Ela me fez ceder, como sendo seu último pedido. Não tive outra alternativa. Escrevi, o que de mais sórdido podia escrever e li para ela. E sabe o que ela me disse - Carlos sorriu, meneando negativamente a cabeça - Ficou mais pesado que Rubem Fonseca. Vai ser sucesso na certa - Carlos soltou outra estrondosa gargalhada - Quantas anomalias como o Isaura vocês irão necessitar?

- O ideal seriam quatro. Mas talvez quatro seja demais...

Oracy coçou a cabeça. Já não lhe sobravam sequer um fiapo de cabelo. Eles haviam ido como Amélia e tudo que tivera de bom em sua existência. Inclusive seu nome como escritor.

- Vamos fechar em três, pois, confesso que mais do que isto eu prefiro o suicídio.

Carlos voltou a gargalhar pela terceira vez. Oracy era um senhor envolvente e Amélia certamente deveria ter sido uma pessoa especial. Lembrou-se de seus pais e isto o fez esmorecer. E tão logo, que conseguiu controlar-se, assumiu aquela sua máscara diária, a de uma séria postura profissional.

- Três está de excelente tamanho. Obras póstumas de manuscritos achados no porão de sua casa.

Sua voz falseou em sua últimas palavras. Incerto se o sarcasmo havia sido bem colocado, numa situação delicada e que deveria ser tratada com tal.

- Os manuscritos estavam em excelente estado e eu relutei bastante em liberá-los, depois que os achei no porão, pois, eram livros que não tinha certeza se Amélia os queria publicar.

- Soa muito bem seu Oracy e desculpe se possa ter me excedido ...

- Você nada tem que se desculpar. Tenho certeza que Amélia apoiaria esta nossa pequena traquinagem.

- Como o senhor mesmo diria, não poderia ser de outra forma.

O rapaz além de bem educado sabia como lidar com situações delicadas. Merecia estar na posição que ocupava. Ascendeu levemente com a cabeça.

- E é claro que isto fica entre nos dois.

- Não haveria de ser de outra forma.

Carlos se sentiu aliviado. A faixa vermelha fora ultrapassada e cada vez mais ele admirava aquele velho homem à sua frente. Para muitos o senhor Oracy poderia representar desilusão. Para ele apenas uma luz que se esvaía.

- O lado triste desta posição é que isto automaticamente implica que o senhor não poderá escrever mais nada assinando em seu nome...o que para mim é uma perda para a nossa pobre literatura nacional.

- Como você bem posicionou anteriormente, não existe lugar para três coelhos na literatura brasileira.

- E dois deste coelhos poderiam ser reconhecidos se juntados em uma mesma cartola. Como eu reconheci, outros tranquilamente o poderiam fazer.

- Acho muito difícil, mas não lhe tiro a razão.

Era necessário alertá-lo.

- Algo me preocupa senhor Oracy. O senhor ainda tem alguns dos exemplares do Aconteceu no Cairo em prateleiras e acredito que um armário inteiro em sua editora. Penso que deveríamos...

- Não mais.

Os olhos de Carlos arregalaram-se.

- Como não?

- Amélia me convenceu a comprar todo o lote da editora antes de trazer nosso manuscrito para o parecer de seu conselho editorial. Venderam para mim o Aconteceu no Cairo pela metade do preço de custo, simplesmente para ganhar espaço de estocagem. Amélia pensava em tudo. Mesmo com seus dias contados...

Carlos sentiu que Oracy iria começar a chorar. Levantou-se e indo as costas de seu interlocutor levou suas mãos aos ombros do mesmo. Fez uma ligeira pressão e complementou:

- Senhor Oracy, tenha certeza de uma coisa. O Mário Lago é que sempre  esteve certo. Amélia sempre foi a mulher de verdade...


- O Mário era gênio, Carlos. Um gênio... - comentou ele não conseguindo mais conter suas lágrimas.

4 comentários:

  1. A dificuldade para um escritor desconhecido é uma realidade. Há muitos talentos que poucos conhecem por falta de divulgação. A capacidade de uma pessoa não se mede pela popularidade, mas pelo conteúdo. Parabéns pelo texto.

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  2. É óbvio querido que num país de terceiro mundo nada pode ser apreciado sem a influência da mídia e da REDE BOBO!!! Más parabéns pela sua determinação, dedicação e disciplina, além de uma boa dose de ousadia e é claro coragem!!!Bjs, Isabella.

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  3. Olha meu querido, nunca desista de escrever,pois você é maravilhoso como escritor, como pessoa.
    Ainda não li seu livro,mas estou anciosa para isso e tenho certeza que é maravilhoso.
    Estou amando ler seus contos e este em especial me tocou bastante. Você é um sucesso,pelo menos para mim. Beijos

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  4. Caí aqui sem querer, mas achei a história e a maneira como ela foi contada, tudo isso, achei fantástico! Tá de parabéns! E agora, só o que resta a nós escritores é correr por fora!

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